quarta-feira, 12 de setembro de 2018

ENERGIA ELÉTRICA: RESULTADOS DE UMA POLÍTICA DESASTROSA


O fato de as contas de energia elétrica no Pará serem as mais caras do Brasil é um peso enorme para as famílias. Porém, pensar apenas no que a população gasta para manter as luzes acesas e a geladeira ligada ainda não mostra completamente o resultado dessa política energética desastrosa.
Por isso, neste artigo vamos falar de um outro problema. Até aqui, falamos sobre o quanto o povo perde. Hoje, falaremos sobre o que ele deixa de ganhar. Acompanhe!

CONSEQUÊNCIAS DA POLÍTICA ENERGÉTICA DESASTROSA NA INDÚSTRIA PARAENSE

Assim como acontece nas casas, as empresas também sofrem com as contas altíssimas de energia. Portanto, tarifas altas trazem uma série de consequências. 
Veja as principais:

AUMENTO DOS CUSTOS DE PRODUÇÃO

Para que as máquinas funcionem e a produção aconteça, a indústria precisa de energia. Com tarifas e impostos abusivos, o custo de manter uma fábrica funcionando se torna muito alto — uma situação que nem todos os empresários conseguem suportar.
É fácil entender o motivo: como já vimos antes, o paraense paga 50% a mais na conta de energia que um paulista, por exemplo. Isso vale também para as indústrias. Assim, se uma fábrica do Pará produz qualquer mercadoria: um parafuso, um pacote de biscoitos ou um carro, ela terá um custo maior por causa dessa despesa.

BAIXA COMPETITIVIDADE

Se os custos de manter uma indústria no Pará são mais altos, o que o empresário pode fazer? Sua única opção é repassar esse custo para o consumidor.
O resultado é que o pacote de bolachas paraense chega ao mercado mais caro (às vezes bem mais caro) que o produto feito pela indústria paulista. Tentando economizar, o consumidor colocará no seu carrinho de compras o biscoito feito em São Paulo.
Portanto, quando o custo de produção é alto, a empresa não consegue colocar seu produto no mercado por um preço atrativo. Ela perde a competição para seus concorrentes mais baratos — geralmente, aqueles que foram beneficiados com taxas menores.

DESINTERESSE DAS EMPRESAS

Se o custo de produção é mais alto, é natural que as empresas não queiram construir indústrias nessa região. O preço da energia não é o único motivo para isso. Como vamos ver em outro artigo, a falta de infraestrutura também contribui para esse problema.
Porém, quem perde com isso é o povo do Pará. Onde há indústrias, há mais emprego. Além disso, as empresas pagam impostos ao governo do estado, que poderia usar esse dinheiro para melhorar a vida da população. Sem elas, esses recursos simplesmente não existem.

SUBDESENVOLVIMENTO DA REGIÃO

Veja que os problemas se somam: energia cara aumenta o custo da produção, os produtos são menos competitivos, as empresas não querem investir na região. Como resultado, o estado continua subdesenvolvido, com pouco emprego e pessoas trabalhando em atividades primárias.

FOCO NA VENDA DE PRODUTOS DE BAIXO VALOR

Sem as indústrias, o povo paraense acaba produzindo e vendendo mercadorias de baixo valor. É o caso do cacau, por exemplo. Nós plantamos e colhemos esse fruto, mas o vendemos para outros estados em seu estado bruto, natural.
Qual é o problema? O produto bruto tem um valor mais baixo no mercado. Se tivéssemos aqui fábricas para transformá-lo pelo menos em cacau em pó, ele seria vendido por um preço maior. Ele geraria lucro para essa empresa, emprego para os trabalhadores e impostos para o estado.

Consequências da política energética desastrosa para o povo paraense

Como vimos, o custo da energia elétrica no Pará é um dos fatores que impedem o desenvolvimento da região. Os resultados aparecem no dia a dia da nossa população, que sofre principalmente com a falta de oportunidades de trabalho.
Porém, esse não é o único problema. Como vimos, se a produção é mais cara, os preços nos supermercados também serão mais altos. Assim, a população vê que o custo de vida aumenta enquanto o salário continua igual ou deixou de existir devido ao desemprego.
Além disso, o povo sofre também com a falta de assistência do estado. Sem os impostos que as indústrias pagariam, não há dinheiro para investir em educação, saúde, segurança, moradia e tantas outras necessidades da população.
Portanto, essa política energética exploradora impede que nosso povo tenha uma renda maior, depena seu orçamento com contas abusivas e ainda deixa as pessoas sem o devido atendimento nos serviços públicos.
Quer descobrir como é possível mudar essa situação?
Entre em contato através do e-mail j.scheremetta@entecsolar.com.br

Nenhum comentário:

Postar um comentário