sábado, 29 de setembro de 2018

CONTA DE LUZ CONTINUA COM BANDEIRA TARIFÁRIA MAIS CARA EM OUTUBRO

 Consumidores continuam a pagar a cobrança extra de R$ 5 a cada 100 kWh de energia elétrica consumida

A ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) informou nesta 6ª feira (28.set.2018) que manterá a bandeira vermelha patamar 2 em setembro. É o 5º mês consecutivo que a agência reguladora aciona o patamar mais alto da bandeira tarifária.

Na prática, os consumidores continuam a pagar a cobrança extra de R$ 5 a cada 100 kWh de energia elétrica consumida.

Segundo a agência reguladora, a manutenção da bandeira deve-se as condições hidrológicas desfavoráveis e pela redução no nível de armazenamento dos principais reservatórios do Sistema Interligado Nacional (SIN).

O volume mais baixo nos reservatórios aumenta a possibilidade de as usinas hidrelétricas não gerarem a quantidade de energia estabelecida nos contratos. Para suprir a demanda, é necessário despachar usinas térmicas, que custam mais caro.

SINALIZAÇÃO AO CONSUMIDOR

O sistema de bandeiras tarifárias foi instituído pela ANEEL, em 2015, com objetivo de sinalizar ao consumidor o custo real da geração de energia elétrica.
As cores das modalidades –verde, amarela ou vermelha– indicam se haverá ou não acréscimo no valor da energia a ser repassada ao consumidor final.


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segunda-feira, 24 de setembro de 2018

VOCÊ SABE O QUE SEU CANDIDATO VAI FAZER NO SETOR DE ENERGIA?

De um lado, promessas de desmatamento zero, reforma fiscal verde, cumprimento do Acordo de Paris e reconhecimento dos direitos da natureza na Constituição. De outro, propostas, como acomodar o meio ambiente em uma pasta dedicada à agropecuária e acelerar licenças ambientais.

Quando o tema é meio ambiente e clima, os programas dos sete principais candidatos à Presidência da República em 2018 são heterogêneos. O Observatório do Clima mapeou as propostas para o tema nos planos de governo de sete candidatos a presidente e produziu um resumo de como cada um se posiciona.

A mudança climática é o principal desafio ambiental e econômico a ser enfrentado pela humanidade , já que a elevação da temperatura global depende de um modelo de desenvolvimento que hoje é dominante e suas consequências afetam virtualmente todos os países. O ex-secretário geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, chegou a afirmar que este é o "desafio moral de nossa geração".

Para saber como os presidenciáveis mais bem colocados nas pesquisas lidam com o assunto, resumimos as propostas para o clima nos programas de governo protocolados na Justiça Eleitoral por Ciro Gomes (PDT), Geraldo Alckmin (PSDB), Guilherme Boulos (PSOL), Jair Bolsonaro (PSL), João Amoedo (NOVO), Fernando Haddad (PT) e Marina Silva (REDE).

Há candidatos que dedicam capítulos inteiros à questão em seus planos de governo - caso de Marina Silva, Haddad e Boulos. Os três planos trazem um contexto maios detalhado sobre o desmatamento, matriz energética com baixa emissão de gases de efeito estufa e sobre como utilizar os recursos naturais como motores do desenvolvimento e inclusão social.

Aparecem menções sobre incorporar estratégias de tributação verde para incentivar tecnologias mais sustentáveis, revisão de carga tributária - o programa de Haddad fala em reduzir o custo fiscal para investimentos verdes em 46,5%;

Marina fala em "descarbonização" da estrutura tributária, com aperfeiçoamento da contribuição de intervenção no domínio econômico (CIDE, tributo que incide sobre combustíveis), de acordo com as emissões de carbono e, no médio prazo, incorporar uma taxa de carbono ao sistema de impostos, no contexto de uma ampla reforma tributária.

Boulos, por sua vez, propõe abandonar o uso de combustíveis fósseis, em uma transição energética que cederá lugar para as fontes eólica e solar, sem dar continuidade à construção de grandes hidrelétricas e ao projeto Angra 3.

Mas a decisão de banir os fósseis da matriz energética esbarra no pré-sal: o programa de Boulos fala na anulação dos leilões já realizados e invoca a retomada dos investimentos pela Petrobrás, o que contradiz o objetivo inicial.

Apesar dos planos detalhados em relação aos tópicos relacionados às energias renováveis, os programas dos três candidatos apresentam poucas metas concretas de cumprimento dos objetivos - exceto para instalação de painéis fotovoltaicos, onde Merina fixa o objetivo de 1,5 milhão de telhados solares fotovoltaicos de pequeno e médio porte até 2022. O programa de Hadda propõe instalar kits de geração de energia solar em 500 mil residencias por ano.

METAS PARA DESMATAMENTO

Quando se trata de mudança de uso da terra, Boulos fala em zerar o desmatamento em todos os biomas nos próximos dez anos; Haddad diz que vai assumir compromisso com uma taxa zero de desmatamento líquido (compensar o desmatamento de novas áreas com o reflorestamento) até 2022. Já Marina fala em "atingir o desmatamento zero no Brasil no menor prazo possível, com a data limite em 2030".

Tanto Boulos quanto Marina estabelecem prazos que vão além do mandato presidencial de quatro anos, mas não afirmam que criarão decretos para fixá-los. Poucos programas especificam se estão falando de desmatamento em todos os biomas ou apenas na Amazônia.

Com um programa de governo mais enxuto, o candidato Ciro Gomes não chega a dedicar um capítulo ao tema meio ambiente/clima, mas o relaciona com sua política de desenvolvimento.

O presidenciável do PDT afirma que "a maior parte dos conflitos observados na política de meio ambiente é fruto de uma oposição artificial entre dois conceitos interligados, a ecologia e a economia", e afirma que seu governo tratará de desenvolvimento econômico, reindustrialização, agricultura e infraestrutura com olhar para a preservação ambiental.

Seu plano de governo fala em ações para conter o desmatamento e cumprir metas climáticas até 2020, mas não fornece detalhes de quais ações serão feitas na prática para cumprir esses objetivos.

No espectro mais liberal, Alckmim e Amoêdo dedicam poucas linhas a meio ambiente e clima, prometendo honrar os compromissos assumidos no Acordo de Paris (sem detalhar metas e estratégias) e aplicar o Código Florestal (Lei 12.651/2012) como forma de harmonizar produção agrícola e conservação de florestas.

Nenhuma proposta mais ousada para a área aparece no rol dos candidatos, que parecem confortáveis em cumprir as leis e compromissos que já existem.

Bolsonaro é o candidato que dedica menos atenção ao assunto: ambiente apenas aparece como um dos itens subordinados ao ministério que pretende criar, fundindo agropecuária e recursos naturais. Não há qualquer menção a clima, mudanças climáticas ou Acordo de Paris - embora o candidato do PSL tenha afirmado em entrevistas que, se eleito, retiraria o Brasil do compromisso por entendê-lo como uma ameaça à "soberania nacional".

Apenas na área de energia o candidato acena ao tema em seu plano, ao dizer que pretende estimular fontes renováveis como eólica e solar fotovoltaica, especialmente na região Nordeste. O candidato do PSL propõe reduzir o papel regulador e fiscalizador do Ministério do Meio ambiente.

A maior parte dos presidenciáveis fala em envidar esforços para o cumprimento do Acordo de Paris, mas sem a fixação de estratégias e metas claras. O acordo global, firmado em 2015 por 195 países junto às Nações Unidas com o objetivo de frear o aquecimento global, foi ratificado no ano seguinte pelo Brasil, o que significa que o país terá de cumprir os compromissos nele assumidos.

Sair dele, como pretende o candidato do PSL, também não é uma alternativa simples - a ratificação foi aprovada pela Câmara dos Deputados e Senado, que teriam igualmente de aprovar a saída do país do compromisso.

ADAPTAÇÃO À CRISE DO CLIMA

Uma preocupação verificada pelo OC é que, embora a mudança climática seja pouco mencionada na agenda política, seu efeitos já podem ser sentidos.

O ano de 2017 foi considerado o mais quente da história, segundo a NOAA, agência americana dos oceanos e atmosfera. No Brasil, o agravamento de eventos extremos, como secas e inundações, também é realidade: 48,6% dos municípios sofreram com secas nos últimos 4 anos, segundo o IBGE.

O litoral está vulnerável ao aumento do nível do mar: 18 das 42 regiões metropolitanas brasileiras se situam nas zonas costeiras, onde o mar poderá subir até 40 cm até 2050, no cenário mais pessimista. Rio de Janeiro, Santos, Recife, Fortaleza, Salvador e Vale do Itajaí (SC) estão entre as regiões mais sujeitas a inundações e eventos extremos de clima. O clima também deve ter impacto em diferentes cultivares, incluindo soja, cana e café.

A vulnerabilidade e adaptação às mudanças climáticas, porém, recebe pouco espaço nos programas de governo - Marina Silva fala em apoiar os municípios para que coloquem em prática planos de contingências e monitoramento de extremos climáticos, com o objetivo de prevenir e mitigar os impactos de desastres naturais (secas, alagamentos, enxurradas e deslizamentos).

O plano de Haddad também fala em "resiliência urbana" para diminuição do risco de desastres, por meio de medidas que promovam a adaptação às mudanças climáticas.

Cita ações como investimentos em defesa urbana, drenagem, controle e mitigação de riscos de enchentes, despoluição de rios, contenção de encostas em áreas de risco e fortalecimento de sistemas de monitoramento e alerta de desastres naturais.

Os dois programas não elencam metas de adaptação para as cidades brasileiras mais vulneráveis aos efeitos das mudanças climáticas.

Apesar de a mudança climática ser tema crucial para planejar o desenvolvimentos do país, porém, o tema tem recebido pouca atenção no debate eleitoral de 2018.

Por: Ambiente Energia

quinta-feira, 20 de setembro de 2018

ESTUDO RECENTE E INÉDITO MOSTRA A INFLUÊNCIA QUE O PAINEL SOLAR DOS VIZINHOS TÊM SOBRE OS CONSUMIDORES


Um novo estudo realizado pela Universidade de New Brunswick, localizada província de Alberta, no Canada, confirma que consumidores estão mais propensos a instalar um sistema fotovoltaico em sua casa se eles vivem em áreas com alta concentração de painéis solares nos telhados.
De acordo com os autores do estudo, investimentos públicos para a instalação de energia solar podem promover indiretamente a tecnologia fotovoltaica simplesmente tornando-a mais visível para as pessoas.
O estudo foi conduzido pelo sociólogo ambiental John Parkins, da Universidade de Alberta, em parceria com colegas pesquisadores da Faculdade de Ciências Agrárias, Vida e Meio Ambiente da Universidade Canadense de New Brunswick.
O resultado do estudo comprovou, mais uma vez, um princípio bem conhecido no mercado de energia solar distribuída: os proprietários de imóveis ficam mais abertos à instalação de um painel solar caso vejam seus vizinhos fazendo o mesmo, principalmente se estiverem concentrados em uma área relativamente pequena.
Os autores do estudo entrevistaram 2.065 pessoas em todo o Canadá para perguntar sobre a hipótese deles instalarem sistemas em suas casas.
A conclusão foi que o ambiente sensorial criado pela alta concentração de sistemas fotovoltaicos aumenta o “desejo de fazer a coisa certa”, ajudando o consumidor a tomar uma decisão que de outra forma seria difícil, devido aos altos custos iniciais de compra e instalação de um gerador de energia solar.
“Se você está imerso em um ambiente onde essas tecnologias estão ao seu redor, elas se tornam mais familiares e factíveis”, disse a equipe de pesquisa.
Segundo o time de pesquisadores, ainda, as entidades públicas possuem um papel de responsabilidade nessa questão e devem implantar um grande número de sistemas para promover indiretamente as energias renováveis.
“Eles podem promover energia renovável, tornando-a mais visível para as pessoas”, disseram os pesquisadores.
A pesquisa revelou ainda que os níveis gerais de engajamento cívico entre as pessoas entrevistadas desempenharam um papel significativo. “Um cidadão engajado está mais confiante e disposto a adotar a tecnologia de energia renovável”, concluíram.
Fonte: PV Magazine – Notícia Original (Em inglês)

terça-feira, 18 de setembro de 2018

CEMIG IRÁ PROMOVER SEGUNDO LEILÃO PRÓPRIO PARA CONTRATAÇÃO DE ENERGIA SOLAR E EÓLICA


Após comprar 431,4 megawatts de energia de projetos solares e eólicos em junho deste ano, a companhia de energia de Minas Gerais (CEMIG), agora agenda um segundo leilão de energia eólica e solar para setembro.
Assim como no primeiro certame, os projetos vencedores desse segundo leilão contarão com contratos de duração variando de 10 a 20 anos, com o início da entrega de energia para janeiro de 2022.
A empresa também visa com esse novo certame reparar a quantidade de energia que perdeu junto as concessões de uso de quatro usinas hidrelétricas.
Foram elas a de São Simão (1,7 GW), Miranda (404 MW), Jaguara ( 424 MW) e Volta Grande (380), anteriormente administrados pela CEMIG e que, desde setembro de 2017, tiveram suas concessões passadas para grandes empresas como a Enel (Italiana), Engie (Francesa), e a State Power Investment Corporation (Chinesa).
Esse modelo de certame privado deu certo e a Cemig conseguiu no primeiro leilão atrair 200 projetos selecionados, que somavam mais de 5 gigawatts de potência.
O certame surpreendeu até mesmo o setor, oferecendo contratos de longo prazo de compra de energia renovável em características semelhantes aos dos leilões de Nova Energia realizados pelo governo federal. 
Segundo informações do site da estatal mineira, o segundo leilão da Cemig será realizado em 20 de setembro, embora o montante de energia a ser adquirido não tenha sido informado.
Para este novo certame, a Cemig irá exigir que os projetos seja habilitados tecnicamente pela estatal Empresa de Pesquisa Energética (EPE).
Além disso, existem exigências mínimas, como ser um gerador com ao menos 1 gigawatt em capacidade instalada ou um agente com capital social mínimo de 500 milhões de reais.
Essa energia será vendida pela Cemig dentro de mercado livre de energia, no qual geradores e comercializadoras de energia negociam contratos entre si ou diretamente com grandes clientes, como indústrias e shoppings centers.
A CEMIG fornece energia para 22 estados brasileiros e para o Chile. O estado de Minas Gerais tem uma participação de mais de 50% na empresa.
Por: Blue Sol

quinta-feira, 13 de setembro de 2018

MERCADO EM POTENCIAL: RECURSOS RENOVÁVEIS DO BRASIL SÃO OBJETO DE INTERESSE DE GRANDES PETROLÍFERAS EUROPÉIAS

O Brasil sempre foi alvo de empresas estrangeiras para a captação de seus recursos energéticos e essa tendência se repete agora na busca pela exploração das fontes do momento: o sol e os ventos.
Grandes empresas petrolíferas europeias anunciaram nas últimas semanas que irão investir na construção de usinas solares e eólicas no Brasil.
Os investimentos virão das empresas Royal Dutch Shell Plc, a Total SA e a Equinor ASA, e poderão trazer mais eficiência e sustentabilidade à matriz energética brasileira.
Segundo a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), esses empreendimentos podem elevar a participação das fontes solar e eólica na geração elétrica do Brasil, dos 9% atuais, para 18% até 2026.
Mais do que uma boa notícia para o setor elétrico do Brasil, no entanto, esse movimento é um sinal claro da transição em que se encontra a geração elétrica mundial para as fontes de energia limpas.
Com os governos dos países apostando nas renováveis como medida de combate às mudanças climáticas, algumas das maiores petrolíferas do mundo já começam a voltar a sua atenção para esse mercado em expansão.
Fato que que torna o Brasil um país alvo para essa exploração, visto a abundância de recursos renováveis para a geração de energia elétrica.
Enquanto na geração eólica já somos o oitavo maior produtor do mundo, com cerca de 13 gigawatts gerados, na energia solar ainda temos uma participação incipiente, porém com um elevadíssimo potencial, entre 4,25 e 6,5 horas de energia solar por dia, o que nos coloca entre os níveis mais altos do mundo.
A própria Petrobras, maior empresa do Brasil e uma das maiores petrolíferas do mundo, anunciou em julho que se uniu à francesa Total SA para explorar projetos de energia eólica e solar no Brasil.
A subsidiária brasileira da Total já conta, inclusive, com o seu primeiro projeto solar em operação no estado da Bahia, que tem 25 megawatts de capacidade e conta com quase 78 mil painéis.
Dois novos projetos de usinas solares já estão nos planos da empresa e deverão gerar, juntos, 140 MW.
A norueguesa Equinor é outra que está em negociações com a Petrobras para projetos de energia limpa no Brasil.
Com as baixas perspectivas de exploração petrolífera para os próximos anos, a empresa agora investe nas fontes renováveis com parques eólicos na costa da Noruega, os quais pretende replicar no Brasil.
Já a Shell, que no ano passado comprou a sétima maior fornecedora de energia do Reino Unido, a BG Group, agora analisa projetos de energia limpa no Brasil.
O foco são os parques eólicos que estão à venda pela estatal brasileira Centrais Elétricas Brasileiras SA, porém a empresa afirma que a compra dependerá da lucratividade desses projetos.
Por: Blue Sol

quarta-feira, 12 de setembro de 2018

ENERGIA ELÉTRICA: RESULTADOS DE UMA POLÍTICA DESASTROSA


O fato de as contas de energia elétrica no Pará serem as mais caras do Brasil é um peso enorme para as famílias. Porém, pensar apenas no que a população gasta para manter as luzes acesas e a geladeira ligada ainda não mostra completamente o resultado dessa política energética desastrosa.
Por isso, neste artigo vamos falar de um outro problema. Até aqui, falamos sobre o quanto o povo perde. Hoje, falaremos sobre o que ele deixa de ganhar. Acompanhe!

CONSEQUÊNCIAS DA POLÍTICA ENERGÉTICA DESASTROSA NA INDÚSTRIA PARAENSE

Assim como acontece nas casas, as empresas também sofrem com as contas altíssimas de energia. Portanto, tarifas altas trazem uma série de consequências. 
Veja as principais:

AUMENTO DOS CUSTOS DE PRODUÇÃO

Para que as máquinas funcionem e a produção aconteça, a indústria precisa de energia. Com tarifas e impostos abusivos, o custo de manter uma fábrica funcionando se torna muito alto — uma situação que nem todos os empresários conseguem suportar.
É fácil entender o motivo: como já vimos antes, o paraense paga 50% a mais na conta de energia que um paulista, por exemplo. Isso vale também para as indústrias. Assim, se uma fábrica do Pará produz qualquer mercadoria: um parafuso, um pacote de biscoitos ou um carro, ela terá um custo maior por causa dessa despesa.

BAIXA COMPETITIVIDADE

Se os custos de manter uma indústria no Pará são mais altos, o que o empresário pode fazer? Sua única opção é repassar esse custo para o consumidor.
O resultado é que o pacote de bolachas paraense chega ao mercado mais caro (às vezes bem mais caro) que o produto feito pela indústria paulista. Tentando economizar, o consumidor colocará no seu carrinho de compras o biscoito feito em São Paulo.
Portanto, quando o custo de produção é alto, a empresa não consegue colocar seu produto no mercado por um preço atrativo. Ela perde a competição para seus concorrentes mais baratos — geralmente, aqueles que foram beneficiados com taxas menores.

DESINTERESSE DAS EMPRESAS

Se o custo de produção é mais alto, é natural que as empresas não queiram construir indústrias nessa região. O preço da energia não é o único motivo para isso. Como vamos ver em outro artigo, a falta de infraestrutura também contribui para esse problema.
Porém, quem perde com isso é o povo do Pará. Onde há indústrias, há mais emprego. Além disso, as empresas pagam impostos ao governo do estado, que poderia usar esse dinheiro para melhorar a vida da população. Sem elas, esses recursos simplesmente não existem.

SUBDESENVOLVIMENTO DA REGIÃO

Veja que os problemas se somam: energia cara aumenta o custo da produção, os produtos são menos competitivos, as empresas não querem investir na região. Como resultado, o estado continua subdesenvolvido, com pouco emprego e pessoas trabalhando em atividades primárias.

FOCO NA VENDA DE PRODUTOS DE BAIXO VALOR

Sem as indústrias, o povo paraense acaba produzindo e vendendo mercadorias de baixo valor. É o caso do cacau, por exemplo. Nós plantamos e colhemos esse fruto, mas o vendemos para outros estados em seu estado bruto, natural.
Qual é o problema? O produto bruto tem um valor mais baixo no mercado. Se tivéssemos aqui fábricas para transformá-lo pelo menos em cacau em pó, ele seria vendido por um preço maior. Ele geraria lucro para essa empresa, emprego para os trabalhadores e impostos para o estado.

Consequências da política energética desastrosa para o povo paraense

Como vimos, o custo da energia elétrica no Pará é um dos fatores que impedem o desenvolvimento da região. Os resultados aparecem no dia a dia da nossa população, que sofre principalmente com a falta de oportunidades de trabalho.
Porém, esse não é o único problema. Como vimos, se a produção é mais cara, os preços nos supermercados também serão mais altos. Assim, a população vê que o custo de vida aumenta enquanto o salário continua igual ou deixou de existir devido ao desemprego.
Além disso, o povo sofre também com a falta de assistência do estado. Sem os impostos que as indústrias pagariam, não há dinheiro para investir em educação, saúde, segurança, moradia e tantas outras necessidades da população.
Portanto, essa política energética exploradora impede que nosso povo tenha uma renda maior, depena seu orçamento com contas abusivas e ainda deixa as pessoas sem o devido atendimento nos serviços públicos.
Quer descobrir como é possível mudar essa situação?
Entre em contato através do e-mail j.scheremetta@entecsolar.com.br

terça-feira, 11 de setembro de 2018

A REGULAMENTAÇÃO DOS CRÉDITOS DE ENERGIA SOLAR

Saiba o básico da regulamentação dos “Créditos de Energia Solar”. A RN482/12 da ANEEL estabelece as condições gerais para a conexão dos sistemas de energia solar fotovoltaica na rede de energia elétrica.
A RN 482/12 da ANEEL estabelece as regras para este sistema de "compensação de energia" (o que nós estamos chamando de "créditos de energia" ou "lei de incentivo a energia solar"). É esta resolução que permite você fazer esta "troca" de energia com a rede elétrica.

Existem diversas informações importantes neste sistema de compensação (que farão diferença para você quando for conectar o seu sistema de energia solar fotovoltaica, o gerador de energia solar, na rede elétrica, abaixo você encontra um resumo dos pontos mais importantes:

QUEM PODE FAZER PARTE DO SISTEMA DE "CRÉDITOS DE ENERGIA SOLAR"

Para você aderir ao sistema de compensação (créditos de energia) você deve ser um "Consumidor Cativo" (Consumidores cativos são todos aqueles que compram a sua energia diretamente da distribuidora).

Em outras palavras, se você compra a sua energia diretamente da distribuidora você PODE instalar um sistema de energia solar fotovoltaica conectado a rede elétrica e se beneficiar do esquema de compensação de créditos criado pela ANEEL. Praticamente todas as residências e comércios neste país compram a sua energia das distribuidoras, portanto, se você é dono de uma casa ou um comércio, você pode instalar o sistema de energia solar e aderir ao sistema de créditos.

QUAL É A POTÊNCIA MÁXIMA QUE SE PODE INSTALAR?

A potência máxima que se pode instalar dentro da regulamentação é de 5.000kWp ( apx 35.000m² de painéis solares!)

TRIBUTAÇÃO DA ENERGIA SOLAR FOTOVOLTAICA (IMPOSTOS) QUAIS SÃO AS ISENÇÕES? 

ICMS

Em 2015 o CONFAZ (Conselho Nacional da Política Fazendária - Ministério da Fazenda)  através do Ajuste SINIEF 2, revogou o Convênio que orientava a tributação da energia injetada na rede. Cada estado passou a decidir se tributa ou não a energia solar que é injetada na rede da distribuidora.

Estados que ainda não isentaram a energia solar de ICMS ( Atualizado em Janeiro de 2018):

  • Amazonas
  • Paraná
  • Santa Catarina

Como funciona o ICMS na energia solar:

Para os ESTADOS QUE AINDA NÃO ISENTARAM (todos os estados que não estão na lista acima)o imposto de ICMS vai incidir sobre os créditos assim reduzindo um pouco a quantidade que você "acumula". Ex:

EX:1 - Em um estado com ICMS de 18%, para cada 1 kWh de energia que você injeta na rede você gera um crédito de 0,82 kWh. Ou seja o ICMS, quando incide sobre a energia solar nos estados que ainda não aderiram à decisão do Ministério da Fazenda, reduz os seus créditos de energia.

PIS E COFINS

O Governo Federal, através da Lei n° 13.169, isentou o PIS e COFINS a energia solar injetada na rede.

COMPENSAÇÃO DE CRÉDITOS POR POSTO HORÁRIO

Se você é um grande consumidor de energia elétrica, provavelmente você paga a energia consumida por "posto horário" ("tarifa de pico" e "fora de pico"). Ou seja, você paga mais para consumir energia no horário de pico.

Neste caso, os "créditos de energia"  são compensados de acordo com uma formula simples:
Exemplo: Se você paga 5 vezes mais pela energia consumida no horário de pico, você precisa gerar 5 vezes mais créditos fora de pico. 

Ex: 
Tarifa fora de pico R$ 0,2 / kWh
Tarifa no horário de pico 5 vezes maior = R$ 1 / kWh

Para compensar 100 kWh consumidos no horário de pico você precisa gerar 500kWh no horário fora de pico.

NOTA: se você é um grande consumidor de energia, o Portal Solar sugere que você negocie com a sua distribuidora para voltar a ter uma tarifação única para todos horários ou, pedir para que a empresa que for instalar o seu sistema de energia solar fotovoltaico calcule o tamanho (potência) dele para que não gere mais energia que a sua demanda. Desta forma você reduzira o seu consumo e não gerará créditos de energia. 


Seja qual for a sua situação de consumidor de energia, a empresa que for instalar o seu sistema de energia solar fotovoltaica vai saber qual é a melhor opção para você.

QUANTO A DEMANDA CONTRATADA

No caso de grandes consumidores de energia elétrica, como indústrias (ou seja isto não se aplica a residências e a maioria dos comércios comércios), a resolução 482/12 da ANEEL estabelece que o sistema de energia solar fotovoltaica não pode ter uma potência maior que a demanda contratada. Ou seja se você é uma indústria e possui uma demanda de 800kW o seu gerador de energia solar não pode ser maior que 800kWp.

Na opinião do Portal Solar isso é um entrave criado para atrapalhar o crescimento do mercado de energia solar no Brasil que deveria ser removido.

QUAL É A VALIDADE DOS CRÉDITOS DE ENERGIA SOLAR?

A energia gerada a mais pelo sistema de energia fotovoltaica, que é injetada na rede da distribuidora, será "emprestada" para a distribuidora criando assim um "crédito" de energia para você. Este crédito de energia tem uma validade de 60 meses.

TRANSFERÊNCIA DOS CRÉDITOS DE ENERGIA SOLAR

Os montantes de energia produzida em excesso e injetada, que não forem compensados no local que produziu, poderão ser utilizados para compensar o consumo de outras locais dese que cadastrados para esse fim e atendidos pela mesma distribuidora de energia, cujo titular seja o mesmo, tanto para pessoas físicas como para empresas.

O consumidor deverá definir a ordem de prioridade das unidades consumidoras participantes do sistema de compensação de energia elétrica. Sendo que a primeira é onde está instalado o sistema de geração.

MEDIÇÃO DE ENERGIA: O NOVO RELÓGIO DE LUZ
Os custos referentes à instalação do novo relógio de luz (Relógio bi-direcional que mede o que você consumiu da rede e o que você gerou em excesso e injetou na rede), necessário para o esquema de compensação de energia, são de responsabilidade do interessado ( Ou seja você paga pelo novo relógio de luz que custa em torno de R$400,00).

Após a adequação do sistema de medição, a distribuidora será responsável pela sua operação e manutenção, incluindo os custos de eventual substituição ou adequação.

GERAÇÃO COMPARTILHADA DE ENERGIA SOLAR - COMO FUNCIONA

É possível fazer a transferência dos créditos excedentes entre propriedades onde a conta de luz esteja sobre o mesmo CPF/CNPJ ou CPFs/CNPJs diferentes, desde que firmado em contrato. Desta forma você pode transferir os créditos de energia para uma outra propriedade sua ou, fazer isso através de cooperativas e consórcios de pessoas ou empresas sendo possível você juntar um grupo de empresas ou amigos construir um gerador de energia solar maior e dividir esta produção de energia.

Obs: Para fazer isso é necessário que todos envolvidos no consórcio/cooperativa estejam dentro da mesma área de cobertura da distribuidora de energia.

GERAÇÃO DE ENERGIA SOLAR EM CONDOMÍNIOS - COMO FUNCIONA

Você pode gerar energia solar em condomínios e repartilhar a energia gerada entre os condôminos.  A geração pode tanto ser usada para as áreas comuns como pode ser compartilhada entre todas as contas de luz dos condôminos.

Obs1: Em caso de prédios é fundamental que se tenha área de cobertura suficiente, de fácil acesso e com muito sol o dia todo. Para um prédio o ideal é que se tenha no mínimo 200m² de área disponível.

AUTOCONSUMO REMOTO - O QUE É E COMO FUNCIONA

Esta modalidade tornou possível, aqueles que não possuem locais com espaço ou sol suficiente, produzirem a sua energia.

Em muitos casos escritórios, comércios, apartamentos, lojas e indústrias não possuem espaço para instalar energia solar, ou mesmo não são proprietários dos imóveis que estão ocupando e não podem fazer esta instalação. Na modalidade de autoconsumo remoto é possível você utilizar um terreno de sua propriedade para construir um sistema fotovoltaico e usar a produção de energia dele para abater a sua conta de luz, na cidade, por exemplo.  Assim você pode produzir energia em outro local para reduzir a sua conta de luz caso você não tenha o espaço ou a condição favorável.

Obs: É importante lembrar que você só pode fazer isso desde que esteja dentro da mesma área da distribuidora. Exemplo: Você tem um apartamento em Belo Horizonte que a conta é da CEMIG e possui uma chácara onde a conta também é CEMIG.

PASSO A PASSO PARA CONECTAR O SISTEMA DE ENERGIA SOLAR NA REDE DA DISTRIBUIDORA


A
Estabelece as condições gerais para o acesso de microgeração e minigeração distribuída ("sistemas de energia solar e outros geradores de energia renovável") aos sistemas de distribuição de energia elétrica, o sistema de compensação ("créditos de energia"). Também é conhecida por lei de incentivo a energia solar. Veja a o documento REN 687/2015 que trata sobre estas alterações que foram feitas.
Portal Solar

sexta-feira, 7 de setembro de 2018

ANEEL APROVA REAJUSTE ORÇAMENTÁRIO DE SUBSÍDIOS E BRASILEIROS SOFRERÃO COM NOVO AUMENTO NA CONTA DE LUZ


Nem um mês se passou desde que o Ibope divulgou o resultado de uma pesquisa que mostrava que 83% dos brasileiros consideram as tarifas de energia no país como caras ou muito caras.
Pois essa porcentagem continuará subindo assim como as contas de luz dos brasileiros, que podem esperar novo aumento em suas faturas para os próximos meses.
O motivo é o reajuste do orçamento da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), aprovado pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) no último dia 4 de setembro, no valor de R$1,937 bilhão.
Um dos 26 tributos que compõem a conta de luz, o CDE é pago por todos os consumidores e serve como custeio para programas sociais, subsídios para fontes renováveis incentivadas (eólica), custeio de geradores em regiões isoladas, entre outros.
O principal motivo do aumento é a necessidade de custear as distribuidoras da Eletrobras no Norte e no Nordeste, que o governo tenta privatizar por acumularem prejuízos e que devem custar R$ 1,4 bilhão só em 2018.
De 2016 até julho deste ano foram gastos R$ 4,3 bilhões apenas para essas empresas instalados no Acre, Amazonas, Piauí, Roraima, Rondônia e Alagoas, segundo dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).
Também foram adicionados ao subsídio R$ 406 milhões como garantia para a geração por usinas termelétricas em Roraima, único estado que não está conectado ao sistema elétrico brasileiro.
Roraima tem cerca de dois terços da sua energia importada da Venezuela, que ameaça cortar o fornecimento ao estado devido a problemas no pagamento do governo brasileiro, que já gera uma dívida de US$ 33 milhões.
Com isso, pode ser necessário acionar todo o parque termelétrico do estado, uma geração elétrica bem mais cara (além de poluente) e que custa aos brasileiros R$ 1,2 bilhão por ano.
Segundo estimativas da Aneel, o impacto desse aumento do CDE na conta será de 1,6% para os consumidores do Sudeste, Sul e Centro-Oeste, enquanto que para o Norte e Nordeste o aumento deverá ser de 0,31%.
A alta será sentida a partir dos reajustes anuais das distribuidoras. No caso da Light e da Enel Rio (antiga Ampla), cujos aumentos foram aprovados em março, a elevação dos subsídios será repassada no próximo ano.
Com o aumento do orçamento do CDE, as taxas embutidas na tarifa de energia deverão somar R$17,9 bilhões em 2018. Desde 2014, esses tributos já tiraram R$ 70 bilhões do bolso dos brasileiros, valor equivalente a duas usinas hidrelétricas de Belo Monte.
Por: Blue Sol