quinta-feira, 23 de agosto de 2018

NOVOS FINANCIAMENTOS PARA ENERGIA SOLAR SERÃO ANUNCIADOS EM BREVE PELO BNDES


Uma boa notícia chega para os mais de 80 milhões de consumidores de energia elétrica do Brasil que sofrem com as caras tarifas das distribuidoras e sua constante inflação: energia solar mais acessível.
Segundo o diretor de Infraestrutura do BNDES, Marcos Ferrari, o banco visa ampliar seu apoio à micro e minigeração elétrica pelos brasileiros com uma nova linha de financiamento e, possivelmente, ampliação de outra.
Destinada exclusivamente a empresas, a Finame Energias Renováveis é a nova linha de financiamento BNDES energia solar que será lançada no final deste mês, com orçamento inicial de R$ 1 bilhão, podendo ser ampliado.
Assim como na maioria das outras linhas do BNDES, o custo financeiro para repasse da Finame Energias Renováveis será a Taxa de Longo Prazo (TLP), com o juro final ficando em torno de 10% ao ano, mais a taxa do banco repassador.
O prazo total para quitação do empréstimo pode chegar a dez anos, com carência de dois, e a linha irá atender todos os portes de empresa. 
Além disso, o BNDES também negocia junto ao Ministério do Meio Ambiente (MMA) a liberação de mais R$ 208 milhões para a sua única linha de financiamento a geração de energia destinada a pessoas físicas, o Fundo Clima.
O repasse é feito através do subprograma Máquinas e Equipamentos Eficientes do Fundo Clima, que teve suas regras alteradas em junho deste ano e passou a atender todos os tipos de pessoas físicas.
A notícia foi comemorada e alardeada pelo setor na época, tendo um resultado surpreendente para o banco, que em 45 dias recebeu 130 pedidos, entre pessoas físicas e jurídicas e, por isso, foi obrigado a suspender a chegada de novos projetos.  
Se liberado pelo MMA, esse novo aporte ao Fundo Clima será destinado exclusivamente para atender as pessoas físicas dentro do subprograma, com as mesmas taxas e prazos atrativos.

A Vontade É Gerar

Essa notícia vem em um momento de grande insatisfação da população com as caras tarifas energéticas praticadas pelas distribuidoras do país.
Uma pesquisa Ibope realizada este ano sob encomenda da Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel) mostrou que 83% dos brasileiros consideram as tarifas de energia caras ou muito caras no Brasil, um aumento de 16% nos últimos cinco anos.
Assim como na telefonia, 69% dos entrevistados também gostariam de poder trocar de distribuidora, com 61% deles afirmando que o fariam imediatamente caso possível. 
Hoje, entretanto, essa possibilidade de livre comércio de energia só é permitida no Brasil para as cerca de 15 mil empresas que consomem acima de 500 quilowatts de energia/mês. 
No entanto, mudar de distribuidora não é o maior desejo dos brasileiros, mas sim de se tornarem autossustentáveis energeticamente através da geração de energia solar.
O número de entrevistados pela pesquisa que disse querer gerar a própria energia saltou 12 pontos percentuais desde a última pesquisa, de 77% em 2014 para 89% neste ano.
E é exatamente aí que o financiamento dos sistemas fotovoltaicos se torna tão importante e benéfico para a expansão da tecnologia e economia dos consumidores.
Segundo Rodrigo Sauaia, presidente da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) o crédito é fundamental para tornar a tecnologia mais acessível à população e aumentar o número de conexões no país.
O elevado investimento inicial para a instalação dos sistemas inibe a demanda por parte de pessoas físicas e pequenas empresas.
Como os sistemas de geração distribuída reduzem o gasto com a conta de luz, quem tem acesso ao crédito pode pagar as parcelas do financiamento com o dinheiro economizado.

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