Devido à secas e mau planejamento passados, reajuste tarifário periódico das distribuidoras deixará Conta de Luz Mais Cara para milhões de consumidores de energia do país em 2018. Enquanto isso, a solução que já livrou milhares de brasileiros desta cobrança fica mais barata e viável.
O quarto ciclo de revisão tarifária das distribuidoras feito pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) irá deixar, novamente, a conta de luz mais cara para os consumidores brasileiros em 2018.
Realizado para manter o equilíbrio econômico-financeiro dos contratos das distribuidoras do país, este processo é realizado em intervalos de quatro anos e engloba os consumidores de quase todo o país.
O reajuste médio que foi praticado em distribuidoras das regiões Sul, Sudeste e Nordeste, de 15%, ficou bem acima do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) estimado para 2018, que é de (3,95%).
Segundo um estudo do Instituto Ilumina, no entanto, isso não é novidade e vem ocorrendo desde 1995, com a tarifa média nacional praticada subindo 50% a mais que o IPCA.
Nessa revisão periódica são levados em conta seis itens: encargos setoriais, custos de transmissão, custos de aquisição de energia, distribuição, componentes financeiros e a correção de reajustes anteriores.
A falta de chuva e o acionamento de usinas térmicas, mais caras do que as hidrelétricas, além da falta de planejamento do setor, foram os motivos alegados pela Aneel para esses reajustes que deixarão a conta de luz mais cara.
Quem mais irá sofrer com isso são os consumidores residenciais, atendidos em baixa tensão, que tiveram os maiores reajustes, como os atendidos pela CPFL Paulista, que tiveram reajuste de 20,17%, da Enel Rio (21,46%) e Cemig (22,73%).
E, enquanto dicas para economizar energia são dadas pelas próprias distribuidoras e órgãos do setor, consumidores antenados nas novas tecnologias têm apostado naquela que é a melhor solução para fugir dessa crise.
Economia de Dinheiro, Não de Energia.
No entanto, energia é algo cada dia mais essencial em nossas vidas, então, se está cada vez mais caro comprar energia da rede elétrica, porque não produzir a própria energia?
Pois é exatamente isso o que milhares de consumidores têm feito por todo o Brasil, usando para isso a fonte energética mais abundante em nosso país: a luz do sol.
Através da instalação de placas solares no telhado, assim como outros equipamentos que compõem os chamados sistemas solares fotovoltaicos, é possível captar a energia proveniente da luz e transformá-la em energia elétrica.
E, como são conectados e funcionam em paralelo à rede elétrica, o consumidor que possui o sistema pode fazer a troca da energia gerada pela energia que consome da rede, dessa forma conseguindo economizar até 95% na conta de luz no fim do mês.
Mais de 26 mil unidades consumidoras em todo o país já participam desse sistema, chamado de compensação de energia elétrica e criado pela Aneel em sua resolução normativa 482, de 2012.
Essa regulamentação foi o que propiciou a expansão do segmento de geração distribuída no país, que é caracterizado pela geração de energia pelo próprio consumidor, próxima ao local de consumo ou neste mesmo.
Dessa forma, é possível ao consumidor ficar imune à essa inflação energética e, ainda, obter um retorno sobre o investimento mais rápido, pois este é diretamente influenciado sobre a tarifa de energia.
E, graças a forte disseminação da tecnologia e expansão da sua cadeia produtiva nacional, puxada também pelos projetos de usinas solares, os preços dos equipamentos tem apresentado uma depreciação anual que torna os sistemas cada vez mais acessíveis ao consumidor final.
Segundo estudo do segmento de geração solar distribuída feito pela Greener, os preços dos equipamentos para sistemas apresentaram queda média de 24% de 2016 para 2017, enquanto o serviço de mão de obra caiu 36% no mesmo período.
Além disso, outro fator que têm permitido a consumidores passarem a produzir sua energia pela solar são as linhas de financiamento específicas.
Recentemente o governo liberou um aporte inédito de R 3,2 bilhões para linhas de financiamento exclusivas para a implantação de sistemas fotovoltaicos, com juros mais baixos e prazos de carência e pagamento atrativos, permitindo muitas vezes ao consumidor pagar as parcelas com o valor economizado na conta de luz.
Uma vez que essa situação do setor elétrico nacional não apresenta sinais de melhoras, espera-se um número cada vez maior de consumidores transicionando para a geração própria.
Por Ruy Fontes - Blue Sol
Nenhum comentário:
Postar um comentário